Como prometido, vou listar abaixa alguns dos principais personagens históricos que aparecem no livro Foices & Facões - A Batalha do Jenipapo:
DOM JOÃO VI – Desajeitado e extremamente religioso. Mesmo não aparentando, o Rei de Portugal é centrado e estrategista. Tem uma boa visão dos perigos que corre sua família e seu reino.
Usei bastante imagens de Debret como referência para que Caio criasse o visual desses personagens.
DOM PEDRO I – Jovem, alto e forte é aventureiro e indeciso. O Príncipe regente e futuro imperador do Brasil revela-se angustiado diante das dúvidas e decisões que a história lhe apresenta.
DA CUNHA FIDIÉ – Homem, 30 anos, forte, fiel e disciplinado ao seu rei, Dom João VI. Major de larga experiência militar (Fidié lutou contra o exército de Napoleão durante a reestruturação da nação portuguesa), se torna o Governador das Armas da província do Piauí.
Não nego: gostei muito do Fidié. Quando li seu livro Vária Fortuna de um Soldado Português tive a impressão de que se tratava de um homem muito justo e fiel à coroa portuguesa. Entretanto, não havia uma biografia mais completa ou informações específicas sobre aspectos característicos de seu comportamento. Tive de criar, e fiz dele um personagem que passa longe de ser o "vilão" dessa história.
A única foto que usei de referência é uma imagem dele no final de sua carreira militar, em Portugal, provavelmente uns 20 anos após a Batalha.
SIMPLÍCIO DIAS – Homem, 28 anos, bonito e rico. Espirituoso e comerciante, enxerga largas vantagens na independência. Natural da Vila de São João da Parnaíba. Dono de várias fazendas, maior produtor de carne de gado do Piauí, além de possuir navios que viajavam para a Europa. Simplício é o maior incentivador e patrocinador da causa separatista. Homem culto, tinha, entre seus escravos, uma banda musical.
JOÃO CÂNDIDO – Homem, 30 anos, alto. Juiz de Fora e braço direito de Simplício Dias é um homem franzino, mas corajoso. Defende os ideais separatistas, é sonhador e impaciente.
LEONARDO DAS DORES CASTELO BRANCO – Jovem, 25 anos, bonito, apaixonado e de espírito impulsivo à favor causa separatista. Leonardo é parnaibano, um homem culto, das letras e das ciências, engaja-se profundamente, sendo patrocinado por Simplício Dias para realizar suas campanhas militares, quando preciso.
MANOEL DE SOUSA MARTINS – Homem, 27 anos, forte e alto. De origem humilde, cresceu a partir do trabalho na fazenda de sua família, adquirindo também posição de destaque na política da capital do Piauí, Oeiras. Homem de modos rudes, Manoel é muito ambicioso, pretende ser governador do Piauí, mas sua discrição quanto a isso é sua maior arma.
CAPITÃO RODRIGUES CHAVES – Homem alto, forte e barbudo. 30 anos. Soldado cearense trazido ao Piauí através da campanha militar de Leonardo. Rodrigues Chaves é um soldado treinado e comanda homens com punho de ferro. Tem na lábia e no discurso sua principal ferramenta.
Não encontrei nenhuma imagem do Capitão Rodrigues Chaves ou do Tenente Alecrim. São desses personagens esquecidos pela história. Como eu vi muito a peça teatral produzida pelo governo, o rosto que serviu de alguma referência foi a do ator que interpretava-o (obs: esqueci o nome do ator).
TENENTE ALECRIM – Homem, 25 anos, baixo e forte. Segundo em comando nos regimentos cearenses que entraram no Piauí, Alecrim é impetuoso e não gosta de recuar diante do perigo, ao ponto de dividir o comando dos homens com seu superior, Rodrigues Chaves.
Alecrim no quadrinhos, auto retrato e foto do Caio.
Alecrim não tinha referência. Meu irmão Caio criou o visual do jeito que quis. Ele pode até negar, mas ainda hoje acho que ele se usou como modelo pra fazer isso.
VICENTE BEZERRA – Homem, 30 anos, magro, esguio, orgulhoso, oportunista e cínico. Furriel da 1ª Companhia de Campo Maior. Vicente Bezerra enxerga na turbulência da guerra que se aproxima as chances de subir na vida e se tornar Capitão. Para que isso se torne verdade, mentir, assaltar e matar não são limites.
Vicente é o personagem que mais tem cara de vilão no quadrinho. Fiz esse desenho criando um visual que serviu de modelo pro Caio porque também não existiam referências visuais para ele.
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