sábado, 10 de novembro de 2012

E surge um projeto


Como já disse antes, gostei de estudar a Batalha do Jenipapo durante a licenciatura em História que cursei na UESPI. Depois, fui trabalhar na Fundação Cultural do Piauí - FUNDAC e conheci a encenação que o Estado organizava, dramatizando os fatos. Com o tempo, fui percebendo a importância que os acontecimentos do 13 de março foram tomando dentro do governo Wellington Dias. Cada vez mais a encenação que acontecia no Monumento do Jenipapo ganhava recursos, investimentos no figurino, regravações de áudios, cobertura da imprensa, exibição ao vivo pela TV e shows musicais, com direito a barraquinhas de comidas típicas e cervejinha, transformando uma solenidade predominantemente militar, numa festa civil.




E a encenação passou a acontecer também em Oeiras (24 de janeiro), Parnaíba (19 de outubro) e mesmo em Teresina, por ocasião do 7 de setembro.

Daí veio o 13 de março ser bordado em nossa bandeira, como já expliquei antes nesse blog.



Obs: esse desenho tá muito ruim

Acho que por tudo isso, logo após as festividades comemorativas da batalha em Campo Maior, em 2008, comecei a fazer um projeto para fazer um quadrinho da Batalha. Em minha cabeça, era algo impossível de negar diante do atual interesse do governo pela coisa.

Infelizmente não achei aqui nas minhas coisas uma cópia do projeto que devo ter encaminhado ainda em abril daquele ano diretamente ao governador, no Karnac, e para a presidente da FUNDAC, Sonia Terra.

Não achei o projeto, mas encontrei as imagens que fiz para ilustrá-lo. São essas que podem ser vistas aqui. Podem ver que usei uma foto que fiz em 2005 como referência para criar uma das ilustrações.




Encaminhei o projeto e cruzei os dedos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bordaram o 13 de março.


Eu trabalhava na FUNDAC, entre 2005 e 2007, quando surgiu uma questão curiosa. Foi sugerido, por um projeto de lei na Assembléia Legislativa, que a data "13 de março de 1823" fosse bordada na nossa bandeira. Trata-se de uma questão delicada porque no Piauí temos três datas importantes no processo de independência do Brasil: o 19 de outubro, que foi a adesão de Parnaíba à independência, motivo pelo qual se é comemorado dia do Piauí; o 24 de janeiro, que foi a adesão de Oeiras ao movimento e o 13 de março, que foi a data da batalha do jenipapo. 

Percebam que há uma certa tensão política aqui. São três datas e três cidades. Isso mexe com o brio dos envolvidos. Aceitar o 13 de março em nossa bandeira pode ser entendido como a valorização do feito de Campo Maior, durante a batalha, em detrimento às datas comemorativas de Parnaíba e Oeiras. 

Lembro-me que, como também se tratava de uma questão cultural, o governador Wellington Dias encaminhou o projeto de lei que estava em suas mãos, no Palácio do Karnac, só aguardando sua assinatura, para a FUNDAC, que o repassou ao Conselho de Cultura do Estado. Lá, foi decidido que o governador deveria assinar o projeto de lei. Com o aval do Conselho, assim foi feito.

Isso ficou na minha memória, ao mesmo tempo em que a cada ano que passava, o governador investia um pouco mais, em Campo Maior, no teor cívico das festividades da data, que agora estava em nossa bandeira.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

E conheci a Batalha...


 Monumento do Jenipapo em Campo Maior, Fotos: Bernardo Aurélio


Quando saí da Universidade Estadual do Piauí - UESPI, concluindo meu trabalho de conclusão de curso em 2005, tive a oportunidade de ir trabalhar na Fundação Cultural do Piauí - FUNDAC. Ocupei o cargo de Coordenador de Artes, que é uma função muito importante dentro daquele órgão, pois fiquei encarregado de muitas pastas, incluindo artes plásticas, visuais e cênicas.


Layane Holanda e Bid Lima, na encenação de 2005. Não lembro o nome do ator que fez o soldado

Um dos primeiros trabalhos no qual participei, caí meio de paraquedas no meio do processo, foi a encenação da peça "Batalha do Jenipapo", escrita por Aci Campelo e dirigida por Arimatan Martins. Lembro-me que fiquei excitado com alguns diálogos. Gostava, particularmente, das falas do Leonardo Castelo Branco: "Que vos prende os passos? Que vos cala a língua?", ele bradava algo assim...



Participei dos ensaios e ajudei no mínimo possível. Não sabia ainda o que fazer, nem como fazer. Fui a uma reunião na Sala Torquato Neto junto com o diretor de ação cultural Chagas Vale, que era meu patrão e ele disse algo assim pra mim: "Agora é sua prova de fogo na FUNDAC. Reunião com todo o elenco principal da peça." Foi muita gritaria, mas divertido.



Fiz algumas fotos da encenação. São essas que estão ilustrando esse post.

Até a próxima!

Bernardo Aurélio.