domingo, 22 de dezembro de 2024

Réquiem aos Heróis, a música sobre a Batalha do Jenipapo

Durante o processo de feitura do quadrinho Foices & Facões, que aconteceu entre 2008 e 2009, eu escrevi uma letra que chamei Réquiem ao Heróis, que foi publicada como extra, no final da primeira edição do livro, lançada lá no final da primeira década dos anos dois mil.

Uma informação  que não posso precisar é se a letra foi escrita com o objetivo de ser musicalizada pelo amigo Epifânio "Panda" Santos, que tinha uma banda de heavy metal, ou se o texto surgiu sem essa intenção, fruto apenas do processo criativo do quadrinho.

O fato, entretanto, ante de 2012, saiu uma versão voz e violão para ser inscrita em um concurso de música da cidade de Campo Maior, mas a canção não foi executada, na ocasião. A banda não conseguiu concluir a música em sua versão heavy metal para ser apresentada naquele momento. Existe, porém, aquela versão da música que pode ser conferida abaixo:



Mas o fato novo é que ontem, dia 21 de dezembro de 2024, em show que aconteceu na Taberna, em Pedro II, finalmente a música foi tocada em público pela primeira vez, na versão que deveria ter sido criada lá para aquele concurso da cidade natal da Batalha do Jenipapo, Campo Maior.
Por sinal, foi a primeira vez que escutei a música e não posso descrever a satisfação que senti. Poder incursionar por outro universo artístico por onde apenas poderia desfrutar da produção de músicos que admiro, mas agora como autor, é o mais próximo que posso chegar de ser um "roquista".

Muito obrigado a todos os envolvidos.
Fiquem agora com a gravação que fiz no show e com a letra na íntegra.


Réquiem aos Heróis Bernardo Aurélio Letra: Bernardo Aurélio Vocal: Epifânio Música: Asgard in Flames (Epifânio e Chico) As tropas marcham a céu aberto Com sede de matar Espingardas e canhões Contra foices e facões As tropas marcham ao redor, Com sede de calar Tortura e prisão Contra liberdade e paixão Campos abertos, desertos Preparado para a guerra Campos maiores, cobertos De sangue e corpos com terra. Quem vence a luta Na batalha pela liberdade? Quem vence a justa Nas duas pontas da verdade? Quem irá contar os mortos No final da batalha? Quantos sairão vitoriosos No final da campanha? Nós lutamos guiados por ideais, De homens que sabem o que querem E morremos sem saber os motivos reais Daqueles que fatalmente nos ferem.